terça-feira, 1 de janeiro de 2013

A esperança nos move, lutar é nosso elemento


A conjuntura internacional na virada de 2012 para 2013 é fortemente caracterizada por incertezas, instabilidade, ameaças e enorme insegurança para a grande maioria da população do planeta. 

Ao contrário de representar pessimismo, a afirmação corresponde à realidade de profunda crise do sistema capitalista, quando se acentuam os traços mais reacionários das classes que dominam o mundo e do cruel sistema imperialista que soergueram. 

Durante o ano de 2012 a crise do capitalismo se aprofundou ainda mais, tornou-se persistente, ingressou numa fase aguda, ficando patente que nos marcos do próprio sistema não é possível encontrar verdadeiras soluções e que a sua continuidade acarreta terríveis danos aos trabalhadores, cujos direitos são liquidados, no quadro de brutal ofensiva levada a efeito pela burguesia monopolista-financeira por meio dos governos a seu serviço, tanto os abertamente conservadores e direitistas como os que exibem roupagem social-democrata. 

As políticas aplicadas por esses governos em 2012, longe de minorar os efeitos da crise, agravam-na e acarretam uma estupenda regressão civilizacional, que se traduz na liquidação de históricas conquistas dos trabalhadores. São postos em xeque e liquidados direitos trabalhistas e previdenciários, as liberdades e noções básicas do direito internacional. 

As ações políticas, diplomáticas e militares das potências imperialistas ao longo do ano de 2012 foram reveladoras dos mesmos propósitos neocolonialistas que se acentuam com o passar dos anos e da agudização das contradições fundamentais do mundo contemporâneo. 

Repetem-se ações golpistas, intensifica-se a ofensiva para destruir governos hostis à dominação imperialista no Oriente Médio, como a Síria e o Irã, tal qual ocorreu no ano anterior com a Líbia. As forças da guerra continuam a apoiar econômica, política e militarmente os sionistas israelenses e suas políticas genocidas contra o povo mártir da Palestina. 

Quanto à América Latina, renovam-se os planos para fazer retroceder as conquistas políticas e sociais dos povos desta região. 

Prossegue a política militarista de construção do escudo antimísseis, das bases militares, das frotas navais singrando mares e oceanos, do reforço da Otan com um novo conceito estratégico ainda mais agressivo.

O imperialismo reconfigura sua política militarista, redirecionando sua orientação de “defesa” para o continente asiático, com visão de longo prazo mirando a China e seu crescente papel no redesenho da situação internacional. Enquanto isso, persegue a Coreia democrática e popular e hostiliza a Rússia.

Podemos augurar e prever para 2013 um quadro de intensificação das lutas dos trabalhadores pela reconquista de seus direitos vilipendiados, do combate dos povos por liberdade, soberania e autodeterminação, e de toda a humanidade pela paz. 

Por isso mesmo, 2013 se afigura como um período exigente, em que será posta à prova a capacidade de resistência e luta dos povos, assim como o discernimento, a lucidez, o tirocínio político, a firmeza de convicções ideológicas e a energia na ação por parte das forças de vanguarda, cuja missão é conduzir o grande embate histórico pela emancipação nacional e social das classes trabalhadoras e dos povos de todo o mundo.

Pode-se augurar e também prever que se ampliará e tornar-se-á mais forte a aliança entre nações governadas por forças democráticas, progressistas e revolucionárias.

É saliente o papel do Brasil neste esforço de redesenho do quadro internacional. Em nosso país segue desenvolvendo-se nova etapa da luta histórica entre as forças progressistas, democráticas, patrióticas, populares, dentre as quais se incluem os comunistas – forças que representam as classes trabalhadoras, as camadas médias, o Brasil produtivo, a esmagadora maioria da nação – contra o imperialismo e as classes dominantes retrógradas, a burguesia monopolista-financeira, os latifundiários, os proprietários dos grandes meios de comunicação, a ínfima minoria da população.

O ano de 2013 é, assim, promissor para o desenvolvimento desta luta, o que inclui os embates de classe e populares pelas reformas estruturais democráticas, elo indispensável na trajetória do povo brasileiro rumo à conquista definitiva da sua independência nacional e emancipação social, que se concretizará na sociedade socialista, com peculiaridades nacionais.

 Em 2013, esperança nos move, lutar é nosso elemento. Sempre.

Fonte: Vermelho

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