terça-feira, 2 de outubro de 2012

Ministro lança campanha para ampliar detecção do câncer de mama


O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao lançar nessa segunda-feira (1º), em Brasília, a campanha de mobilização e de conscientização para a detecção precoce do câncer de mama, apresentou números que demonstram aumento no número de mamografias. A campanha, segundo o ministro, é para a ainda mais esses números, principalmente nas regiões Norte e Nordeste onde existe um vazio assistencial do Sistema Único de Saúde (SUS). As unidades móveis vão desempenhar papel importante na campanha.

O Lançamento da campanha ocorre no Outubro Rosa, movimento internacional que estimula a participação da sociedade nas questões relativas ao câncer de mama, o tipo que mais acomete as mulheres. 

O ministro disse que houve um aumento de 41% de mamografias na faixa prioritária de 50 a 69 anos, no primeiro semestre deste ano comparado ao mesmo período do ano passado; e 28% da população em geral. Ele admite que o acesso ainda é muito desigual e a campanha tenta combater esse problema. 

Padilha disse que a campanha tem ainda o papel de enfrentar o preconceito contra o câncer, já que é possível curar a doença quando se tem acesso a um diagnóstico precoce. Nos estágios um e dois da doença, a chance de cura é de 95%. 

O Programa de Mamografia Móvel, que abriu o credenciamento a partir desde mês, já vinha sendo testado desde o ano passado em vários estados, como Rio de janeiro, Amazonas, Mato Grosso do Sul e Bahia. A partir dessa experiência o Ministério da Saúde pretende ampliar o programa para alcançar a periferia das grandes cidades e os municípios do interior, mais distantes dos centros urbanos, onde há um baixo do Índice de Desempenho do SUS (IDSUS). 

Atendimento integral


Padilha explicou que o Ministério da Saúde cria os mecanismos do atendimento nas unidades móveis, mas quem organiza o serviço é o gestor local– municipal ou estadual. O credenciamento para os serviços padronizados disponíveis aos gestores municipais e estaduais é extensivo ao serviço público, filantrópico e privado. E que o serviço garante todo o processo de rastreamento e confirmação de diagnóstico – biopse – para um atendimento integral. 

A meta é chegar mais próximo aos vazios assistenciais no acesso às mamografias, afirma o ministro Alexandre Padilha. Ele determinou ainda como meta do programa, incluindo as unidades fixas, a realização de oito milhões de mamografias/ano em 2014. Segundo ele, a proposta é expandir o número de exames realizados tanto nas unidades móveis quanto fixas.

E admite que os casos de câncer de mama exigem um conjunto de ações para enfrentar os vários gargalos. Para isso, o Ministério da Saúde combina duas estratégias – a de reforçar a orientação aos médicos e mulheres de que não deve aguardar sintomas e sinais mais evidentes para fazer exames de rastreamento e, paralelo a isso enfrentar a desigualdade no diagnóstico.

Da Redação em Brasília


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