quinta-feira, 21 de junho de 2012

Marcha reúne 80 mil e manda recado à Rio+20 em defesa do planeta

A marcha unificada dos povos mobilizados pela Cúpula dos Povos reuniu 80 mil pessoas no centro do Rio de Janeiro (RJ) para chamar a atenção dos líderes reunidos na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, no distante RioCentro, sobre os danos do capitalismo ao meio ambiente e exigir desenvolvimento com sustentabilidade e soberania.

Movimentos como União Brasileira de Mulheres (UBM), União Nacional dos Estudantes (UNE), União de Negros e Negras pela Igualdade (Unegro) e União da Juventude Socialista (UJS) marcaram presença. 

A concentração foi na Avenida Presidente Vargas com a Avenida Rio Branco, entre 14h e 15h. Depois, os manifestantes seguiram pela Avenida Rio Branco até a Cinelândia, no centro da cidade.Os temas transversais também foram lembrados, como educação, saúde, moradia e mobilidade.

“Essa marcha representa a vontade dos povos de participar mais das grandes decisões sobre o nosso planeta e isso é uma pressão, uma influência positiva para que a cúpula dos chefes de Estado pensem bastante não no lucro e no capitalismo verde que quer extrair das populações e da biodiversidade do planeta. Representa a unidade entre esses povos que fazem um alerta sobre os perigos do capitalismo”, declarou Daniel Iliescu, presidente da UNE, que também discursou durante a mobilização.

Outras lideranças dos movimentos presentes, como João Pedro Stédile, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que enfatizou: “Não adianta a Globo esconder, não adianta a Record esconder, nós estamos aqui e todos estão vendo o barulho que estamos fazendo”, exclamou o líder sem-terra.

Este é um momento importante e decisivo da Cúpula para pressionar as decisões da Conferência da ONU.

“Os movimentos têm pressionado contra a economia verde, de mercado, ocuparam a Rio Branco, local histórico de grandes mobilizações, para reivindicar mais investimentos sociais e o fim do capitalismo verde para a construção de uma sociedade socialista. Foi uma demonstração de força importante dos movimentos brasileiros para a construção de uma agenda mais positiva nessa conferência e reforça o papel dos movimentos no Brasil a partir da articulação da Coordenação dos Movimentos Populares, das centrais sindicais, dos movimentos juvenil, comunitários, de mulheres, negros, de moradia, todos presentes na marcha”, destacou Lucia Stumpf, durante a marcha.

É importante que o povo se manifeste. É seu papel. A revolução se dará quando nos somarmos todos esses saberes e a energia que está nas rua. Hoje, não são somente os governos dos países desenvolvidos como os Estados Unidos que estão negociando, mas também Cuba, China, o Brics, esses países também estão dando as cartas e negociando no mesmo nível a questão da sustentabilidade e desenvolvimento.

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